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05 maio 2012


"- Cada um na sua ... sem falcatrua. Cada um na sua ... ninguém passava a mão na bunda de ninguém.
Cada um na sua ... pode crer..


Cores de todos os lados. Longe e perto. Dores sem sentido.
- Que horas tem? Quanto tempo no banheiro fiquei?
Perguntas, tantos nexos, deslexos. O peito ardia por dentro, doce e seco.
Queimava tudo, pulmão, cabeça, garganta, alma, senso, sorriso. Sumia sim, sem escrúpulos, sem sinais.

-Me dê uma noite, um pouco da manhã. Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor..

Quantos caminhos, na quente cor vermelha .
O morador sem telha, no frio ao barulho do vento.
Da pena o deserto.
Da Afonso Pena disperso.

Aqui tudo acontece, aqui vira cinzas, não sai.

Então se foi...

-Mas, vem feito coice, cabou-se o que era doce. O vento sempre leva o que trouxe..."

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