"sujeitos a morte
porque vivemos
a onda bate forte
quando entendemos
fique alerta
mantenha a mente aberta
atinja suas metas
devaneios 'tortos'
é a sacada certa
se moscar
jogam você
num buraco...
'faça assim'
'consuma o fato'
abutres por abutres
vidas continuam em hiatos
movimento ideias e vontades
a vida é curta
isso é verdade
olhos de lince
sugadores por toda parte
eles não querem o sangue
querem minha arte
encontrei o que incendeia
sei que o que mata não é a aranha, é a teia
ouça o recado singelo que lhe rodeia
faça o seu, não jogue areia
respeite a verdade alheia
no que acredita...
aposte
na duvida...
aponte
odiar quem?
ame-se
pergunta tem?
questione-se
no sonho...
deite-se
não quer?
foda-se
é prazer?
foda-me
visceras em verbos
caminhos incertos
me mantendo intacto e submerso
quem amo levo bem perto...
e foda-se seu dialeto."
Intuito Mouro
30 agosto 2016
24 abril 2016
Anexo 1
E lá vamos nós de novo, as discussões de sempre, por motivos... Bom...
São dores ditas em alta voz, olhos em brasa, gestos não vistos. A racionalidade fica constrangida, pede pra ir embora. É estranho dizer, te odeio pra que se ama, mas tá lá, nos verbos ditos e nos não ditos também. As paredes escutam e se entortam de vergonha. A sensação é de que o mundo tá ali de plateia, assistindo. Se bem que se a gente sentasse pra assistir nossas brigas como em uma peça de teatro, acharíamos graça no começo, mas depois ficaríamos tão incomodados por nos identificar com tudo que sairíamos, entraríamos no carro e no silêncio dirigiríamos até algum restaurante oriental, talvez debater sobre tudo que vimos na companhia do racional, aprenderíamos mais assim, mas a vida não tem disso. O que resta é um domingo sem graça olhando para as paredes, escrevendo textos sem sentido pra estranhos lerem.
São dores ditas em alta voz, olhos em brasa, gestos não vistos. A racionalidade fica constrangida, pede pra ir embora. É estranho dizer, te odeio pra que se ama, mas tá lá, nos verbos ditos e nos não ditos também. As paredes escutam e se entortam de vergonha. A sensação é de que o mundo tá ali de plateia, assistindo. Se bem que se a gente sentasse pra assistir nossas brigas como em uma peça de teatro, acharíamos graça no começo, mas depois ficaríamos tão incomodados por nos identificar com tudo que sairíamos, entraríamos no carro e no silêncio dirigiríamos até algum restaurante oriental, talvez debater sobre tudo que vimos na companhia do racional, aprenderíamos mais assim, mas a vida não tem disso. O que resta é um domingo sem graça olhando para as paredes, escrevendo textos sem sentido pra estranhos lerem.
29 fevereiro 2016
cama de papelão
"enrolado em trapos
esquecido no descaso
levantem os vidros dos carros
neguem trocados
o que tenho é só um barraco
de pais viciados
país de ignorados
apenas mais um marginal
na selva cinza infinita
em cama de papelão
carregada nas mãos"
esquecido no descaso
levantem os vidros dos carros
neguem trocados
o que tenho é só um barraco
de pais viciados
país de ignorados
apenas mais um marginal
na selva cinza infinita
em cama de papelão
carregada nas mãos"
15 dezembro 2015
corredor
"Seria só um corredor escuro, se não estivesse ali, sentada com joelhos dobrados, os braços abraçando a cabeça, escondendo o rosto e o medo, esse é o sinal pra dizer que não queria existir. Queria ficar, me sentar ao seu lado e inventar uma janela onde moram buracos negros, seria nobre, mas preciso ir, me encontro primeiro, depois te encontro, preciso saber quem teve a ideia genial... O inventor de tudo."
animal
"De Aquiles o calcanhar que não se esconde,
Exposto e atraente
E na mente como saliva o animal.
Leão faminto, quase morto diante da presa, seu mal,
Entende? É ardilosa a mente.
Agora sente-se na minha frente,
Vamos conversar sobre aquilo que eu não quero entender,
Até a sede passar,
Até a noite cair,
Até o cheiro do seu sangue me consumir.
Depois de quebrar seus ossos,
Comerei os restos do que um dia já foi muito.
Sei que tem fome,
Escuto seu estômago toda madrugada enquanto fingi dormir,
Sei porque está dentro de mim
Vamos cavar nossas covas,
Ficar aqui,
Enquanto não estamos satisfeitos."
Exposto e atraente
E na mente como saliva o animal.
Leão faminto, quase morto diante da presa, seu mal,
Entende? É ardilosa a mente.
Agora sente-se na minha frente,
Vamos conversar sobre aquilo que eu não quero entender,
Até a sede passar,
Até a noite cair,
Até o cheiro do seu sangue me consumir.
Depois de quebrar seus ossos,
Comerei os restos do que um dia já foi muito.
Sei que tem fome,
Escuto seu estômago toda madrugada enquanto fingi dormir,
Sei porque está dentro de mim
Vamos cavar nossas covas,
Ficar aqui,
Enquanto não estamos satisfeitos."
01 setembro 2015
Selva triste
"É uma vida inteira de mentira
Sentado na cadeira hipocrisia
Da pra vê daqui suas angustias
Esconder tudo que sente não é astucia
Na escuridão sei és psicopata
Não me engana com seu terno e sua gravata
Parece a merda de um robô programado
O cifrão seu deus maior idolatrado
Esse é seu estado situado de demência
Sem um pingo de emoção e coerência
Vazias as promessas sei que são
No dinheiro enxerga a salvação
E no processo destrói o sonho da nação inteira
É o chicote, ambição e a viseira
E em meio a selva triste eu caminho
E minha força...
Minha força é saber que não vou sozinho."
Sentado na cadeira hipocrisia
Da pra vê daqui suas angustias
Esconder tudo que sente não é astucia
Na escuridão sei és psicopata
Não me engana com seu terno e sua gravata
Parece a merda de um robô programado
O cifrão seu deus maior idolatrado
Esse é seu estado situado de demência
Sem um pingo de emoção e coerência
Vazias as promessas sei que são
No dinheiro enxerga a salvação
E no processo destrói o sonho da nação inteira
É o chicote, ambição e a viseira
E em meio a selva triste eu caminho
E minha força...
Minha força é saber que não vou sozinho."
21 maio 2015
contraponto
"Hoje e sempre aprendiz
não vou descansar
pensando no que não fiz
o que você me diz?
cuidado Jão
quem fala demais
volta e meia se contradiz
o que você me diz?
se render ao dialeto de imbecis
ou lutar pra ser feliz?
o tempo passa
e a certeza de uma vida sem graça
são quase 50 e o mundo é só pela vidraça
a cachaça é só complemento da desgraça
e na boca a velha mordaça
não deixa! faça!
pega seu sonho e abraça
respira fundo e vai a caça.
hoje penso como o cérebro
o mundo é quintal
o foco é essencial
pra não se perder no umbral em vida
se acaba com o titulo suicida."
não vou descansar
pensando no que não fiz
o que você me diz?
cuidado Jão
quem fala demais
volta e meia se contradiz
o que você me diz?
se render ao dialeto de imbecis
ou lutar pra ser feliz?
o tempo passa
e a certeza de uma vida sem graça
são quase 50 e o mundo é só pela vidraça
a cachaça é só complemento da desgraça
e na boca a velha mordaça
não deixa! faça!
pega seu sonho e abraça
respira fundo e vai a caça.
hoje penso como o cérebro
o mundo é quintal
o foco é essencial
pra não se perder no umbral em vida
se acaba com o titulo suicida."
07 fevereiro 2015
retrato
"goiaba madura cai do pé
cabeça feita pra cafuné
vó, fogão a lenha, chaminé
nunca tão consciente
sempre tão fluorescente
graças a velha semente
mente colorida
avenida florida
saudade da esquina
BH minha sina
toda essa intuição é força divina."
18 janeiro 2015
muita sombra pra poucos.
esquiva da esgrima - criolo
massa demente
apanha e nem sente
o chicote estalar
reféns de nós mesmos
somos brinquedo
e a criança é má
as vezes transtornado
porque o certo é errado
vamos sambar
se fosse sempre
já estaria doente
então as vezes é bom relevar
a nação é o Brasil
sarnenta no cio
cheia de verme pra alimentar
desabafo, protesto
politico honesto
não tem pra contar
2 com 2 é 5
taí o sentindo
em todo lugar
do shui ao oiapoque
a pedra o bodoque
sussurra no ar
que deus nos acuda
pois a vida não é curta
nem todos podem voar
06 setembro 2014
2
as vezes sabe tudo as vezes inconsequente, conveniente...
ia te confessar sobre o livro
mas o papo sobre libido estilhaçou o vidro
pra trazer sentido,
estou sentado ao seu lado
sou reflexo, espelhado
não me largue por ai espalhado
eu caio destrambelhado.
Respiro fundo
faço meu Yoga
Kurt, 27, explodiu sozinho, sem psicologa
foda-se o sentido, a prosopopeia, a soga
o que importa é que tem moga.
Faço, desfaço e refaço meus planos
não importa, perco os próximos cem anos
passo por agradar gregos e troianos
desmascaro milicianos
trato leões famintos como bichanos
ouço o que não gosto em loops insanos.
Você me deixa salivando
se falo demais o que vai ter de nego cobiçando
então de cantinho deixo rolando
findo isso por dizer; to te amando...
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